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Machine Learning é o futuro

Com a capacidade de inovação que permite que os computadores aprendam a reconhecer e desenvolver padrões, a tendência é que as máquinas sejam capazes de potencializar as ações publicitárias por conta própria.


11 de setembro de 2017 - 8h35

Por Max Oliveira (*)

Potencializar ações publicitárias por conta própria será, talvez, um dos grandes efeitos da inteligência artificial. Esta é uma das conclusões que se pode tirar do Google Marketing Next 2017, em São Francisco, nos Estados Unidos, um dos maiores eventos da gigante de tecnologia para parceiros e clientes. O intuito da empresa foi formalizar a sua visão para o setor de Marketing para 2018, principalmente em relação às suas plataformas de anúncios e análises, o AdWords, DoubleClick e Analytics.

Matt Lawson, diretor de Marketing para Anúncios de Performance do Google abriu o evento.

“Programático é o alicerce de tudo o que temos feito e vamos fazer em termos de Display e Vídeo”, afirmou. Para nós, a declaração do executivo veio ao encontro à nossa premissa, pois estamos sempre lendo e escutando que a era do programático – ações executadas por programas de computadores, sem intervenção humana – iria chegar. A parte humana do processo está ligada à estratégia em geral.

Toda a atmosfera criada e apresentada por Lawson serviu para abrir as cortinas para o tema principal: Machine Learning, que é a grande aposta da Google e do mercado para os próximos anos.

Com um olhar que permeia todo o seu ecossistema, desde produtos como o Google Fotos e o Google Home, até as plataformas de anúncios, a gigante de buscas mostra como o poder de fazer com que as máquinas aprendam e se desenvolvam gira em torno da realidade tecnológica atual, inclusive na publicidade.

Com a capacidade de inovação que permite que os computadores aprendam a reconhecer e desenvolver padrões, a tendência é que as máquinas sejam capazes de potencializar as ações publicitárias por conta própria.

O aumento do uso da internet na rotina das pessoas faz com que cada vez mais dados sejam produzidos. A grande vantagem da Google é absorver, analisar e aprender com essas informações para aplicar em seus serviços, fazendo com que sua plataforma de fotografias seja capaz de identificar o que é um abraço e que o DoubleClick seja capaz de, com base nas últimas campanhas, nos indicar as melhores opções de inventário, audiência e bidding – valor médio pago nos anúncios e campanhas.

Conforme levantamento da empresa apresentado no evento, 87% das pessoas que possuem smartphone utilizam a busca do Google quando precisam de algo, 20% já ocorrem por voz e 70% dos usuários que fizeram alguma compra em lojas físicas, utilizaram o celular para pesquisar informações relevantes referentes ao produto ou serviço adquirido. Além disso, 91% consideram efetuar uma aquisição após ver um anúncio.

Com base nesses números a empresa desenvolve seus próprios serviços cross-plataforma, cross-device e cross channel, se aproveitando da nossa capacidade de gerar dados e fazer com que a máquina os use para aprender e evoluir. Dessa maneira, o Google Home é capaz de utilizar o Google Assistant para se comunicar com o Google Shopping, que, por sua vez, utiliza o Google Maps para dar direções de trânsito até determinado local.

O próximo grande passo das agências não é mais saber fazer Display, Mobile ou como obter dados. O momento é de utilizar as informações para que a tecnologia aprenda, evolua, recomende quais os melhores caminhos e faça com que campanhas on-line cheguem cada vez mais longe, em um mundo em que os usuários exigem serviços personalizados.

*Max Oliveira é Gerente de Planejamento da NewBlue

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